Zona de conforto

Comodismo que o Japão proporciona às pessoas as limita de explorarem o seu melhor. Muitas pessoas com um grande potencial perdendo tempo e a vida em trabalhos repetitivos e sem condições de mostrar suas habilidades.
Donas de casa, limitadas a viver num mundo virtual da internet sem poder fazer um curso, terem seu proprio negócio, mesmo que pequeno mas como clientes uma cidade toda, um país todo, nao somente poucos amigos ou conhecidos.
Os salários hoje, suficientes para pagar os impostos – o governo desconta antecipado – pagar sua manutenção mensal, aluguel, água, luz, gás, conta de telefone e internet, seguro e imposto de carros. Entra mês e sai mês e todos na mesma peleja que a vida oferece aqui.
A grande maioria dos estrangeiros que estão muito tempo no Japão conseguiram comprar uma vaquinha que já está velhinha, mas que ainda da vários litros de leite todos os dias.
Usam uma parte do leite para consumo próprio e o que sobra guardam para ser vendido ou usamos para fazer queijo e coalhada para o consumo e assim vão vivendo.
Ir 1 ou 2 vezes por mês comer uma comida diferente em um restaurante fast-food ou gastar 200 a 300 dólares em passeios a cada 4 meses para colocar fotos nas redes sociais e dizer: Aqui consigo fazer isto, aquilo… Mas no fundo, apenas acreditando que amanha terá mais horas extras.
Vaquinha é o emprego, vários litros de leite as horas extras.
Trabalhe hoje e coma amanha. Assim sonhos, vontades, desejos de um futuro melhor limitados na esperança de aumento de 50 ienes nos salários, esperança de ainda ficar sem contribuir com previdência social – Shakai Hoken – e muitos contando com ajudas que o governo ainda concede as crianças para fechar as contas. Ainda, porque será logo cortado, as contas do governo não estão fechando.
Muitos pensam: se consegue levar a vida, vamos levando, imagina sem isto?
Existem muitas historias e contos que fazem as pessoas refletirem, porem tomar atitudes depende de cada um. Onde esta força de vontade das pessoas vencerem? Quererem aprimorar seus conhecimentos? Estudar, aumentar a capacidade técnica ou terminar o segundo grau ou ainda fazer uma faculdade? Independente de estudo, vontade de ter seu negocio, abrir sua confeitaria, sua padaria, ou mesmo vender bolo especial de porta em porta em porta? Limite de idade para ser feliz e realizar desejos? Somente no Japão…
Vontade não falta mas ainda tem a vaquinha que garante uma pequena estabilidade de poder comer todos os dias.
Alguém já pensou se de hoje para amanha a vaquinha sumir ou morrer o que irão fazer? Então leiam este historia, pode ser que você se encontre nela e seu potencial possa ser explorado antes que alguém roube sua vaquinha ou ela morra e você não enxergue o que somente você é capaz.
O mestre e a vaquinha
Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu discípulo quando avistou um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma visita.
Chegando, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, um casal e três filhos, vestidos com roupas velhas, doadas. Aproximou-se do pai daquela família e perguntou:
– Neste lugar não há pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e sua família sobrevivem aqui?
E o senhor calmamente respondeu:
– Meu amigo, nós temos uma vaquinha já bem velhinha, que ainda nos da vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos. O que sobra, usamos para fazer queijo e coalhada para o nosso consumo e assim vamos vivendo.
O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por um momento, e se despediu.
No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:
– Aprendiz, vamos levar a vaquinha.
O jovem arregalou os olhos de espanto e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família.
O mestre insistiu:
– Vamos levá-la. Preciso mais dela do que eles.
Então, respeitando o mestre, o aprendiz, cumpriu a ordem. Amarrou a vaquinha e a levaram.
Um belo dia o jovem resolveu voltar àquele mesmo lugar para contar o que fez, pedir perdão e ajudá-los. Quando se aproximava do local avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático. Perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos e o caseiro respondeu:
– Continuam morando aqui.
Espantado ele entrou correndo na casa e viu a mesma família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor, o dono da vaquinha:
– Como o senhor melhorou este sítio e construiu uma vida próspera?
E o senhor entusiasmado, respondeu:
– Nós tínhamos uma vaquinha que desapareceu… Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. Assim, alcançamos a prosperidade que seus olhos vislumbram agora.
“A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis estariam adormecidas”. (Horácio)
Compartilhei esta conhecida história para que possamos refletir sobre a importância de abandonarmos as nossas zonas de conforto.
A zona de conforto é o lugar dos acomodados e dos fracassados. Onde as pessoas não assumem riscos, não crescem, não conquistam.
Se você quer ser um vencedor, saia já da zona de conforto.
Se gostou, compartilhe, acredite em você, acredite no seu parceiro, acredite no seus pais, acredite na sua capacidade de fazer a diferença. Procure seu lugar fora da zona de conforto !!!
Boa tarde a todos !!!