Mulher independente no Japão e no mundo.

10 coisas que só uma mulher que já foi independente, e agora é mãe e dona de casa, entende!

Nós mulheres estudamos e lutamos pelos nossos direitos à todo tempo. Muitas mulheres, hoje, ocupam cargos importantíssimos, algumas como a presidência da república. Mas voltemos a nossa realidade…

Estamos no Japão e aqui temos que trabalhar, e trabalhar muito. As vezes até trabalhamos como homens, porém, o salário bem mais baixo.

Muitas mulheres lá no fundo (por mais que não queiram admitir) veem na gravidez, no nascer de uma criança, um refúgio para elas — seria como umas férias. Mas, no fritar dos ovos, a realidade é bem diferente da que esperamos.

Listei alguns pontos, dessa realidade, que somente quem passou por isso entenderá:

1- Perdemos por algum motivo a noção do tempo. Constantemente é preciso consultar o calendário para nos situarmos em que dia da semana exatamente estamos.

2- Surpreendentemente, descobrimos que ficar em casa também cansa. Principalmente quando se tem mais de três filhos.

3- É incrível como o trabalho no lar nunca acaba. Você limpa toda casa, sente aquele ar de organização e limpeza, quando se dá conta, em menos de 24 horas a casa está de “pernas para o ar”.

4- A pia da cozinha. Lembranças de discussões do casal, para vê quem iria lavar a louça (2 pratos, 2 talheres, 2 facas, 2 copos), e hoje a pia, por incrível que pareça, sempre está cheia, esperando por você.

5- Dinheiro. É outra questão que gera muitos conflitos. Esse ponto é mais amplo e complexo. Nem toda família segue a tradição japonesa, que o marido trabalha e no final do mês entrega todo o salário para que a mulher o administre, ficando ele somente com uma mesada. Também não sei se seria uma boa ideia, pois, a mulher em casa tende a gastar mais, em busca de se distrair, recompensar o estresse etc. Lembrei de um caso interessante: certa vez, minha amiga engravidou. Por ser o primeiro filho, não aguentou trabalhar por muito tempo. Assim, no terceiro mês de gestação parou de trabalhar. Nasceu um belo menino, forte e saudável, em menos de seis meses ela veio até minha casa e em lágrimas me contava sua indignação com o marido, o qual estava muito bravo e já havia decretado que não iriam fazer a tão sonhada festa de um aninho de seu filho. Eu como boa ouvinte, fui bem atenciosa e compreensiva, mas havia algo estranho, foi aí que ela continuou dizendo que o marido estava bravo porque ela até aquele presente momento havia gastado todas as economias de anos de trabalho do casal. E pior, ela havia gastado com tantos supérfluos, que quando perguntei com que ela havia gastado tanto dinheiro, ela não soube me responder. Fiquei pasma e passei a me policiar ainda mais.
Mas por outro lado, existe também o homem controlador, a ponto da mulher ter que pedir dinheiro para artigos pessoais. Ele acha que por trabalhar e a mulher está em casa, ela tem que está sempre à disposição. Então, ele, por sua vez, usa o dinheiro como rédeas. Totalmente absurdo, mas, infelizmente, é uma realidade.
Mas vamos ser justas, tem muita mulher por aí que também se aproveita. Já vi muitas saindo com “azamigas” em shopping’s, parquinhos, dando uma de madame durante a semana, enquanto o maridão esta ralando horas e horas na fábrica sem ar condicionado, comendo bentou da fábrica porque a mulher não pode ao menos fazer uma marmita, e ainda quando chega o final de semana ela manda ele cuidar dos filhos, justificando que ele “fez agora ele também tem que ajudar”.
São casos diferentes, porém reais.

6- A autoestima despenca. Nos sentimos menos atraentes. A não ser que a pessoa ja seja magra, a maiorias das mulheres têm uma séria dificuldade para emagrecer, por mais que nos esforcemos fazendo dietas, exercícios matinais, a balança parece está sempre quebrada.

7- O nosso visual muda completamente. De saltos à rasteirinhas, de vestidos tubinhos à roupas mais confortáveis possíveis; ou seja, deixamos de ser “sexy’s”.

8- Corremos o sério perigo de nos tornarmos uma bomba relógio. Infelizmente, isto na maioria das vezes é inevitável. Nos sentimos obrigadas a fazer tudo, tudo perfeito, sem reclamar, afinal de contas, o marido está trabalhando tanto para sustentar a casa. Então, nos condicionamos a guardar, sufocar nossas emoções, até o dia que não aguentamos mais é explodimos.

9- O desejo sexual diminui assustadoramente. Até pensamos em sexo, não é falta de desejo, mas quando chega a noite, já passamos por tantos turbilhões durante o dia, que a vontade some. Só pensamos em dormir, ou simplesmente não fazer nada, esperando apenas um carinho, uma demonstração de compreensão do marido. Mas nem sempre isso acontece, ele trabalhou o dia todo na expectativa que iria ter “aquela noite”, quando chega na hora H, você está cansada, ele fica indignado, ele não entende o porquê, e por outro lado você o vê como insensível, e assim está decretada as brigas, que vão longe.

10- Apesar de tudo, amamos nossos filhos, gostamos do que fazemos e sempre queremos oferecer o melhor de nós para o bem de toda a família. Crescemos e amadurecemos a cada instante. Vale muito a pena não desistir, passar pelas adiversidades da vida, aprender a lidar com as diferenças e aprender uns com os outros. Esse período na vida de uma mulher é único. Devemos tirar o máximo de aproveitamento possível.

Então, é isto. Até mais!

By Connexion.tokyo Team

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