1- Ante as indecisões, frustrações e inquietações, cuide-se para que você não seja um “prato cheio” para aproveitadores oportunistas, para mercadores de “cursos” e de seus supostos (e enigmáticos) “certificados válidos no Brasil”; não seja presa fácil para vendedores de “sonhos” e de negócios mirabolantes, que, segundo os tais, “faturaram rios de dinheiro”, e de esquemas de pirâmides financeira; e claro, cuidado com “líderes espirituais” abusadores religiosos, ávidos por dinheiro – com estes, atenção redobrada.

2- Corte gastos desnecessários pela raiz. Exerça o controle da sua renda e dos seus gastos. Só você sabe onde o ‘calo aperta’. Tenha equilíbrio.

3- Não se embarace com endividamentos por frivolidades; você não precisa ‘ter’ para ‘ser’. Sua identidade não é formada por bens materiais. Tente ser você mesmo, sem subterfúgios.

4- Não se apoie nas ostentações fúteis e descabidas nas redes sociais, sobretudo para parentes e amigos que estão no Brasil; não faça disso a finalidade das suas aquisições materiais, tampouco a motivação para o consumismo.

5- Fuja da tentação do consumismo exagerado, não planejado e impulsivo.

6- Ao ficar vivendo relaxadamente e de qualquer jeito, enrolado em dívidas, tele-guiado pelo consumo exacerbado e pelos apelos de produtos que estão na moda, acomodado às prestações sem fim, passando sufoco esperando o dia do pagamento, proscartinando decisões… o ser humano tende a ficar trabalhando apenas para concretizar o sonho dos outros (de quem lucra com tais comportamentos acima listados).

7- Aproveite a oportunidade e o momento – para quem ainda é apto – para trabalhar, poupar, planejar e investir. Tente articular uma planilha financeira observando as seguintes proporções – do total da renda familiar bruta: 20% para encargos sociais e impostos; 25% para poupar; 10% (no máximo) de endividamento (prestações), somente por necessidade, não por frivolidade; 45% para as despesas gerais.

8- Principalmente agora, com a desvalorização do real, está aí um momento oportuno para que muitos tirem o pé da inércia, da covardia e da frustração, e, quem sabe, possam construir algo a deixar para os filhos no Brasil. Mesmo que queira morar para sempre no Japão, aprenda a investir e a contar com os juros compostos nos bancos brasileiros (no Brasil, pois os que estão aqui pagam juros abaixo da média brasileira), para que você possa colher os frutos a médio e/ou a longo prazo, pensando, também, no complemento da aposentadoria.

9- Não se esquive de lutar por seus Direitos Trabalhistas, Civis e Humanos. Pare de lamuriar, murmurar. Identifique pessoas da comunidade engajadas nas causas sociais, una-se a elas, e mobilize outros a se unirem. Levante a cabeça e reivindique o respeito que lhe é devido nesta terra!

10- Mantenha-se atualizado; pesquise, estude, mas também organize-se para passear, viajar, se divertir e interagir com pessoas. Invista em ‘bens relacionais’ mais do que em bens materiais. Desse modo, você evoluirá afetivamente, intelectualmente, culturalmente e socialmente.

11- Alfabetize seus filhos na língua portuguesa o quanto antes (a partir dos 5 anos); faça leitura diariamente para as crianças; ao alfabetizar e introjetar o gosto pela leitura na criança, principalmente na língua materna, os responsáveis possibilitarão que a criança tenha segurança e confiança na aquisição e compreensão da segunda língua (ex.: língua japonesa).

12- E o mais importante: faça ao menos uma refeição por dia em família, aproveitando a ocasião para dialogar, refletir, debater projetos, anseios, dificuldades e ideais, para ouvir e ser ouvido; aproveite esses encontros para formar e consolidar o caráter dos filhos e filhas, com princípios e valores familiares. Fortaleça o relacionamento conjugal.

Enfim, fortaleça os laços familiares, com urgência!

By Connexion.tokyo Team

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