“Eu morei por mais de 18 anos em Mie, meus 3 filhos nasceram e cresceram em Mie, sempre estudaram em escolas japonesas e não falam bem o português.
Meu marido hoje com 52 anos. No ano passado ele foi diagnosticado com Diabete de nível alto, não pode mais trabalhar.
Meu marido começou a pagar a aposentaria do Japão somente no ano de 2014 quando ficou obrigatório e chegou os boletos da Prefeitura para ele e para mim também.
Meu marido sempre trabalhou mais 12 horas por dia, saia cedo e chegava em casa com as crianças dormindo. Trabalhava quase todos os sábados que podia e nas folgas dormia muito pelo cansaço. As crianças cresceram quase sem a figura do pai em casa mas, com a imagem de homem trabalhador.
Corremos muito atras de ajuda da Prefeitura em Mie mas, muita dificuldade de conseguir receber o “Seikatsu Hogo.”
Uma amiga japonesa que mora no mesmo” dancei”, ede mãe solteira e seu ex marido não pode trabalhar, nos deu a ideia de mudar de casa, de nos separar – ja que eu sue meu marido somente moramos juntos e não somos família há muito tempo – ele tentar uma ajuda de sobrevivência pela doença e eu outra por ser mãe solteira com 3 filhos e ter pressão alta. Ela também recebe ajuda de sobrevivência e tem 3 filhos no shouggako.
Ela pesquisou e viu que em Nagoya tem mais facilidade de adquirir ajudas para as pessoas com problemas, entao eu mudei com as crianças para Nagoya e fiquei provisoriamente na casa de uma prima que mora sozinha num dancei com a autorização da Prefeitura. (continue lendo depois da foto)
Coloquei as crianças na escola e fiz inscrição para um apartamento publico no mesmo danchi que minha prima, aqui tem muitos apartamentos vazios.
Eu consegui entrar no apartamento publico neste mês de setembro/2016, estou muito feliz, muito melhor do que o danchi que morava com meu ex-marido, tem elevador e uma boa area de jardim. Enviei fotos, por favor, coloquem para as pessoas entenderem como é. (Continuem lendo depois da foto)
No meu dancei tem um um pequeno deposito para colocar as coisas que não precisa mais, cada apartamento tem sua pontinha.
Eu sofro com pressão alta, tomo remédios todos os dias e não posso trabalhar muito.
Meu marido conseguiu ajuda de sobrevivência bem mais fácil depois que nos separamos nestes 6 meses. Ele ainda mora em Mie e não precisou sair do dancei que morávamos.
Eu, passarei por mais algumas consultas medicas e se o medico der o atestado sobre meu grau de pressão alta, eu também vou poder receber ajuda de sobrevivência. Como minha amiga japonesa disse em Nagoya é bem mais fácil.
Tenho 3 filhos, 1 no Chugakkou e 1 no Shougakko. O mais velho começou a trabalhar na construção no mês passado em Nagoya com 16 anos e não ira fazer o Koukkou, ele achou melhor começar a ganhar seu dinheiro do que estudar.
Ele disse que na empresa tem japoneses que fizeram Koukkou e outros que foram somente no Chuggakou e todos ganham igual, entao ele disse que não precisa estudar mais para ganhar a mesma coisa.
Empregos de construção no Japão pagam mais que o meu marido ganhava na fabrica, e olha que meu filho tem somente 16 anos.
As crianças estão feliz em estar em Nagoya numa cidade grande, eu também.
Eu separei de meu marido, como disse não éramos mais cônjuges há muito tempo. O excesso de trabalho nos afastou aos poucos e nem percebemos. As crianças não estranharam porque muitos de seus amigos japoneses também eram de pais separados, de mães solteiras.
Eu somente me arrependo de ter demorado muito para tomar esta atitude e ter esperado muito para poder requerer as ajudas que temos direito.
Graça ao conselho de uma japonesa que passou pelo mesmo é que vamos ter uma folga nas contas e será melhor quando começar a receber a ajuda. Não temos poupança, e o que tínhamos gastamos no tratamento do marido. Para quem não sabe, pessoas sem dinheiro no Japão tem muitas ajudas. A prefeitura chega tudo e se realmente verificar que não tem dinheiro e nem bens as ajudas ficam mais fácil. Ser pobre no Japão é melhor do que ser pobre em qualquer outro lugar do mundo.
Eu quero disser para muitas pessoas que precisam de ajuda moram em cidades no interior -“inaka” – pesquisem nas grandes cidades que tem mais facilidades de receber os direitos que temos.
Se esta somente vivendo com o marido e não são cônjuges mais, separar é mais viável para os 2 terem mais facilidade de ajuda para os 2.
Cidades pequenas que tem tradutores nas prefeituras que não explicam direito o que as pessoas realmente precisam e acabam dificultando os pedidos de ajudas.
Vou pagar menos de 9.000 yenes de aluguel porque depois de separada e não trabalhando minha renda do ultimo ano foi zero e o seguro saúde para mim e as crianças será bem barato.
Eu contei e aqui no meu prédio, somente no meu bloco tem mais de 15 apartamentos vazios.
Foi bom para mim, as crianças e para meu ex-marido. Ainda vou visitar meu ex-marido apesar de separarmos não somos inimigos.
Eu gostaria de colocar minha experiência na pagina para ajudar outras pessoas. Não espero que me julgam e entendam que apenas estou explicando como conseguir um caminho mais fácil para receber auxílios que temos direitos mesmo sendo estrangeiros.”
M.C.I – 48 anos – Nagoya
By Connexion.tokyo Team