Criança brasileira de 7 anos sofre bullying (IJIME) da professora numa escola na cidade de Komaki – Aichi-ken.

Acabamos de tomar conhecimento do relato de uma mãe que observou seu filho se tornando um menino retraído, tendo seus sentimentos reprimidos por causa da atitude da professora em sala de aula.

Diante de acontecimentos como estes, educadores, intérpretes em escolas, equipe pedagógica em geral devem se perguntar se estão oferecendo apoio de fato ao aprendizado dos alunos ou se estão apenas reproduzindo práticas ultrapassadas, aprendidas de professores cabeças duras. Há professores que quando se dirigem aos alunos, só falta sair facas de suas bocas, de tão mortíferas e venenosas são suas palavras. São verdadeiros “cavalos de chuteiras”. Pessoas grossas, arrogantes; acham que a rigidez extrema é a melhor forma de educar e disciplinar. Não sabem ser flexíveis com alunos de diferentes contextos étnicos e sócio-econômicos; colocam todos num mesmo pacote, submetem-os num nivelamento que, tanto inibe a capacidade de uns como constrange outros com dificuldades.

Façamos, então, uma breve reflexão.

Embora os professores trabalhem com grupos de alunos, devem atingir indivíduos que compõem esses grupos, pois são sujeitos que aprendem, não massa de manobra. É preciso que o professor tenha disposição para conhecer seus alunos, com sensibilidade e discernimento, para evitar generalizações excessivas. Essas habilidades exigem do professor uma dedicação continua na revisão do repertório de saberes adquiridos por meio de suas experiências passadas. O trabalho do professor em sala de aula deve sempre comportar um componente ético e emocional para que a prática educativa seja, também, exercida com base na tolerância e no respeito aos outros.

O professor deve motivar o aluno a aceitar entrar em um processo de aprendizagem, respeitando a curiosidade do aluno, seus questionamentos, suas dificuldades e tempo de aquisição do conhecimento, e, sobretudo, respeitando a personalidade do educando.

O professor que inibi a curiosidade do educando em nome de suas práticas formatadas, rígidas, cristalizadas e não refletidas, tolhe a liberdade do educando e sua capacidade de questionar.

É necessário que o educador respeite a autonomia do aluno, assim como sua dignidade, identidade e pontos de vistas; um professor que diz ter sua pedagogia centrada no aluno e no processo de aprendizagem deve procurar a coerência entre a “teoria professada” e a “teoria praticada”, caso contrário, de nada servirá, a não ser para irritar o educando e desmoralizar o seu discurso hipócrita. Há professores que bancam ser adeptos de uma “pedagogia” que incentiva a curiosidade, o diálogo e o questionamento por parte da criança, mas vivem tentando impor ao aluno que se enquadre num nivelamento sufocante e repressor. Tentam formatar, doutrinar e colonizar as mentes dos alunos a todo custo.

Um grande educador ensinou que: no trabalho diário com crianças, um simples gesto do professor pode passar a representar muito na vida de um aluno. O gesto, o tom de voz, o olhar do professor, que às vezes pode parecer insignificante, pode também ter uma força formadora ou desestimuladora para a criança.

Por esse motivo, o professor deve ter o hábito de observar as reações emotivas das crianças, tomando-as também como objeto de avaliação, tendo humildade para reconhecer os excessos cometidos. Os pais também devem estar atentos às reações emotivas dos filhos e sempre ter contato com a escola.

Ao professor compete, além de ensinar conteúdos, estimular a criatividade e a autonomia dos alunos, valorizar a cultura da comunidade onde eles vivem, contextualizar a temática do que se ensina com os problemas sociais e do cotidiano, e, sobretudo, respeitar as individualidades de cada educando em todos os aspetos, sabendo que suas atitudes podem afetar tanto positivamente quanto negativamente o aluno. Desse modo, para que o aluno tenha uma aprendizagem significativa, uma aprendizagem para a vida toda, é necessário que haja uma reflexão crítica por parte do professor sobre sua própria prática; somente a partir dessa reflexão crítica poderá haver mudanças.

Não importa quantos anos de experiência profissional tem um professor, se ele não fizer essa reflexão, poderá estar cometendo o mesmo erro durante anos.

Esperamos que a professora citada no relato da mãe possa refletir sobre sua prática como educadora, sobretudo no que se refere ao atendimento de crianças estrangeiras.

Vejam o relato da mamãe em video no final do texto!

Repassar conhecimentos é a melhor forma de aprender. Curta nossa pagina no FB clicando aqui, indique a seus amigos, fique informado em primeira mão de informações importantes…

By Connexion.tokyo Team