“Brasil supera o Japão no ranking em qualidade de vida.”

Como interpretar uma notícia desta estando do outro lado do mundo e vivendo em um país como o Japão?

Segundo a IPC.digital “A OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico revelou, em 3 de junho, os 38 países com melhor qualidade de vida no mundo.
Para essa análise dos países, utilizou-se de parâmetros de bem estar, como o equilíbrio trabalho, satisfação pessoal, educação, riqueza, educação, saúde, qualidade do ambiente e outros índices aponta que No ranking o Brasil ganha do Japão. Em 19o. lugar, o Brasil tem 10 pontos à frente do Japão, que ocupa o 29o. lugar.” …clique aqui para acessar o link da matéria…

Vejam a analise de um nosso amigo leitor:

“Alguns ainda irão relutar e discordar em muitos pontos quando se fala bem do Brasil. A não possibilidade de retorno deixa muitos brasileiros com síndrome da “Dissonância cognitiva” em alta ao ter de encarar que o Japão é um país para viver para trabalhar e não trabalhar para viver.

Na análise de classe média japonesa com análise de classe média brasileira é fácil perceber que ignorando o fator segurança, os brasileiros tem uma qualidade de vida muito superior à dos japoneses, sejam nas suas espaçosas casas, apartamentos e nas suas casas de veraneio.

Viagens internacionais, férias de 20 a 30 dias, confraternizações constantes com amigos e familiares, aquisição de imóveis que tem valorização concreta ao contrário de imóveis no Japão onde a desvalorização pelo sistema de construção de madeira é inevitável. E outro ponto: a grande maioria das crianças de classe média alta no Brasil tem o nível de inglês superior ao dos japoneses.

Quando analisamos a classe baixa brasileira, vemos que os pobres japoneses tem mais qualidade de vida do que os pobres brasileiros, porém, os pobres brasileiros sonham em um dia, quem sabe um dia, serem classe média, enquanto os pobres japoneses apenas se agarram às ajudas do governo japonês em subsídios, moradias públicas e se submetem a salários bases de 850 a 900 ienes/hora, sem garantias empregatícias, literalmente vendendo o almoço para comprar a janta.

Em relação aos estrangeiros? Cada um sabe de suas capacidades, de suas atribuições e da qualidade de vida que possuem. Para alguns, somente o fato de estar vivendo num país de primeiro já é um atrativo devido a se conseguir um emprego em uma empresa de ponta, apesar de não dominarem o idioma e não terem qualificação técnica.

A vantagem do Japão para as pessoas sem qualificações, é que bastam ter saúde, serem rápidas e estarem na faixa de idade até 40 anos que conseguirão empregos. No Japão não lhes são exigidas nem ao menos uma redação ou um teste escrito qualquer. Aliás, a grande maioria nem falar o idioma precisa; os serviços são, na sua grande maioria, repetitivos e qualquer pessoa pode executar, basta treinar de 2 a 5 dias.

Esta é uma das muitas situações que os estrangeiros são submetidos anos a nos não conseguindo ter uma profissão ou uma atribuição para serem competitivos em possível retorno ao seu país.

Quem vive no Japão sabe medir a sua qualidade de vida e uma grande maioria se enquadra na sarcástica análise de padrão de vida do nosso amigo da página “Conversa do Neguinho”.

“Temos um texto sobre a analise dos 6 grupos de brasileiros que viverão definitivamente no Japão. Acesse o link no final desta matéria.”

E você, na análise de sua vida no Japão nestes anos, se comparados com amigos e familiares no Brasil? Eu ainda estou aqui pagando uma casa que comprei e tendo que comer moyashi alguns dias da semana para poder segurar o financiamento habitacional.

Desde 2008 sem aumento de salários, tendo o mesmo diminuído de lá para cá e os alimentos em alta crescentes. Se não tiver horas extras entrego a casa; se a esposa ficar uma semana sem trabalhar, mais moyashi…

Agora os filhos indo para a faculdade e mesmos as públicas tendo um custo médio anual de 1.200.000 ienes. Seguro de vida? Seguro saúde complementar? Seguro para câncer? Enquanto os japoneses gastam em media 18.000 a 23.000 ienes em seguros diversos, eu aqui pagando somente o seguro do carro porque é obrigatório, a firma exige.

Mas tudo bem, se precisar de usar assistência médica é só provar que sou pobre e terei acesso aos programas de ajudas que “ainda” existem para as pessoas consideradas sem condições de manter sua própria sobrevivência.

Neste ponto, defendo que para os pobres no Japão a qualidade de vida é muito superior a dos pobres do Brasil. Sendo assim, vamos fazer propaganda para que os pobres brasileiros venham para o Japão e aproveitem os subsídios que lhes são concedidos com os impostos pagos pelas pessoas que são de classe média no Japão, porque aqui no Japão, pobre também fica isento de impostos.

Estaríamos nós estrangeiros vivendo num país de primeiro mundo e ainda vivendo a mesma vida dos que vivem em um país pobre? Estaríamos desfrutando e aproveitando todas as oportunidades e direitos que os nacionais ou estamos somente vivendo empurrando com a barriga e tendo tapar o sol com a peneira? Estudar a língua, ser fluente no idioma traz diferenças salariais e respeito perante a sociedade japonesa? Qual a real contribuição que nós aqui, residentes permanentes no Japão estamos fazendo para somar esforços de nos integrar a sociedade japonesa? ”

By A.S.W, 44 anos – Gunma-ken

Connexion.tokyo Team

Fonte complementar:
…clique aqui para acessar o link da matéria http://www.ipc.digital/brasil-supera-o-japao-em-um-importante-ranking-mundial/…

6 grupos de brasileiros que viverão definitivamente no Japão. Acesse o link clicando aqui…