Vendas de carros novos sofrem queda de quase 20% no Japão em janeiro.

Vendas de carros novos sofrem queda de quase 20% no Japão em janeiro. Quando a economia começa a decolar?
Aqui não é um espanto ler esta reportagem. Diante do quadro econômico que o país atravessa, os japoneses estão adiando compras e todo gasto considerado desnecessário. Esta retração esta na economia de uma forma perceptível nos restaurantes, nos passeios e no comercio em geral.
A agricultura japonesa precisa ser estimulada, o governo esta com bons projetos neste segmento. Não demorará muito para que os jovens japoneses retornem ao interior e assumam as plantações. Este é o mesmo quadro que aconteceu e ainda acontecem na Europa onde a indústria perdeu força, exemplos de França, Portugal, Espanha e Itália.
Portugal por exemplo, tem aproximadamente 82% de autossuficiência de sua produção de alimentos, enquanto Japão menos de 38%. Ainda ter um trabalho em fabrica é melhor do que ser agricultor para os japoneses.
Esta doutrina foi pregada no pós-guerra onde o país iniciou seu crescimento industrial e tornou-se uma potencia econômica que errou somente com a imposição do controle de natalidade promovido pelo governo da época sendo refletindo hoje.
Enquanto o Japão caminha para extinção a China caminha para ocupar todos os lugares do mundo, o mesmo com Índia e outros países.
O mesmo acontece com países da Europa que estão investindo na agricultura familiar e regional a fim de equilibrar os problemas com aquisição de alimentos. Vejam também a Inglaterra com uma alta carga de imposto sobre consumo, mas com imposto zero sobre alimentos básicos.
O Japão terá que copiar e rápidos exemplos destes países porque com o envelhecimento da população e baixa taxa de nascimentos isto seria uma forma de promover um melhor padrão de vida para as pessoas. Tudo tem seu preço e investir em agricultura familiar teria que abrir mão de ser uma potencia econômica. Este é o ponto que dentro de 10 anos poderá salvar a população de um colapso de oferta e demanda de alimentos.
As empresas japonesas comprando e incorporando investimentos nos países que tem um crescimento econômico com mais potencial e visando negócios nestes países. Muitos japoneses migrando e assumindo cargos de trabalhos nas empresas japonesas principalmente na America latina.
Todos os dias vendo noticias de empresas japonesas assumindo mercados agrícolas com a fusão de empresas no Brasil, México e outros países. As empresas alimentícias já absorvendo empresas alimentícias em vários países.
È fato que as empresas detêm as melhores cabeças e as previsões são feitas mais de 10 anos antes que todos os comuns cidadãos começam a se preocupar. As empresas visam lucros e enxergam mercados futuros. Os trabalhadores visam pagar as contas e acreditam que o amanha sempre será a esperança de um reconhecimento maior, um salário melhor para ter um melhor poder de compra, esta é a esperança dos trabalhadores.
Com estas 2 visões tão distantes, saber quem ganha ou perde fica fácil.
Seria uma boa referencia os consulados brasileiros colocarem as estatísticas das emissões de visto de trabalho emitidos para os japoneses nos últimos anos ajudando os brasileiros aqui a ter uma noção de como a contra mão da oferta de emprego para cargos que exigem capacitação profissional está em alta no Brasil.
Temos que estar atentos a todas as noticias para não sermos pegos desprevenidos, alegar o *eu não sabia e não imaginava* é algo que não podemos dizer para eximir de responsabilidades de não acompanhar o mundo que vivemos e escolhemos para nossos filhos e nossa família.
Ainda as ofertas de empregos são grandes, mas os salários não atrativos e ainda continuam servindo para conseguir empatar as contas no final do mês ou nem assim. Se a indústria automobilística interna tem uma queda de 20%, altera tudo em relação ao consumo, é uma ciranda.
Achar famílias com geladeiras cheias. Encontrar famílias com gastos desnecessários mais difícil ainda. A economia não gira e o reflexo já é visto com redução de horas extras, empresas optando por diminuição de salário. O maior absurdo é o governo não explicar as famílias principalmente às de estrangeiros quanto realmente se paga de impostos sobre a renda.
Quando se diz diminuição de salário é bom dizer que para os estrangeiros, as horas extras representam mais de 20% da renda e para os japoneses media de 6% da renda familiar. Nem sempre ter aumento de salário base quer dizer ganho se a produção continuar em queda.
Alguém sabe que apenas o Japão é um dos países de primeiro mundo que se faz horas extras? Sem as horas extras o Japão seria o melhor pai do mundo para se viver? Conseguiríamos nos bancar somente na carga horária de 8 horas por dia?
Num país que depende de 60% do consumo interno para girar sua economia já mostra que os problemas não são somente pelo aumento do imposto sobre consumo do ultimo ano, mas mostra-se um despreparo do governo em criar uma política sólida para reativar o consumo interno.
Independente de japoneses ou estrangeiros, hoje, quem no Japão encontra-se em condições de trocar de carro, assumir um financiamento para troca de veiculo? Ainda o mercado de imóvel está um pouco aquecido tendo em vista que os proprietários de imóveis no Japão não são bons de negócios e mostra que os financiamentos são mais vantajosos que pagar aluguel a primeira avaliação. Mas no primeiro em Nagoya, os alugueis de 70 a 100 mil ienes, já tiveram uma queda de 20 mil ienes media e tendo a aumentar a queda mais.
Meus textos são para reflexão de famílias e pessoas com raízes já no Japão, que tem responsabilidade com filhos, escola, aluguel ou financiamentos. Troca de escolas no Japão é uma das mais difíceis e duras tarefas para os pais, isto para estrangeiros ou japoneses. A sociedade japonesa se fecha em grupos e estes movimentos já começam pela escola.
Do total de brasileiros no Japão, media de 170 mil, existem 40 mil pessoas na faixa de 0 a 18 anos. Isto mostra o quanto de pessoas da sociedade já são famílias com raízes no Japão.
Para os solteiros, sempre será mais fácil qualquer mudança de região ou busca de novos caminhos porque o espírito aventureiro faz parte de ser solteiro. O que se ganha em muitos casos é somente para sua sobrevivência, para seus hobbies ou sonhos já bem definidos e traçados, que podem alterar sempre, pois afetam somente a si mesmo.
Hoje já temos analise do Japão para 2 grupos distintos de pessoas, dos solteiros que levam em suas conquistas em 2 malas e as famílias que tem as responsabilidade com filhos, educação, aposentadoria, seguros, futuro de vida definido pela escolha dos pais em viver em outro país.
Meus textos em muitos momentos fazem as famílias terem que sentar e pensar em tomar decisões, se isto vier acontecer fico feliz que pude contribuir. Tudo que escrevo sempre é com base nas visões e experiências que tive como tradutora nos diversos serviços públicos que fiz. A maioria dos estrangeiros se mostrou acomodados em não prever pelo menos os próximos 6 meses por acreditarem que o país que escolheram para viver sempre estará no top das grandes potencias mundiais e a falta de serviço nem é cogitada.
Mudem suas ideias, sejam mais críticos e conversem com os membros de sua família. Criem saídas e estejam preparados se uma nova crise vier. Não sem pegos desprevenidos e pesquisem sobre seu país de origem, o que mudou em nos últimos 5 ou 10 anos e o que mudou no Japão nos últimos 5 ou 10 anos.
Vamos analisar perspectivas reais de futuro. Discutir sobre violência seria um ponto diferente da discussão de conseguir autossustentar num país com um custo de vida alto.
Fonte para o comentário: http://www.alternativa.co.jp/Noticia/View/40332/Vendas-de-carros-novos-sofrem-queda-de-quase-20-no-Japao-em-janeiro