Cashback é o atrativo do momento.

E o brasileiro no Japão tem um fetiche por isto, pois o poder de atração é muito forte; e ao cashback é atribuído um poder de solucionar problemas financeiros momentâneos, de ser uma válvula de escape na hora do aperto, de aliviar tensão entre casais que com dinheiro na mão se esquecem dos problemas.

Os empresários já identificaram essa tendência do ser humano de gostar da sensação de estar “levando vantagem”.

É cashback na compra da casa, na compra do carro zero, na troca de operadora de telefone móvel, na instalação de internet, na instalação de painel solar…
Tem gente que vai se emaranhando em dívidas na sanha por cashback.

Mas isto não importa, o que importa é o dinheiro na mão e poder ter aquela sensação de estar levando a maior vantagem. Afinal, é um dinheiro que não foi preciso trabalhar, bater cartão para tê-lo.

Acontece que, nesta vida “não existe almoço grátis”, como defendia um renomado economista na década de 70.

O que você recebe hoje em cashback, a partir de hoje mesmo a “benevolente” empresa já estará te cadastrando num bem arquitetado plano para ter de volta não só o investimento que ela fez em você — que você, ingenuamente, acreditou ser dinheiro dado — como também lucrar, e muito, enlaçando as pessoas que tem fetiche por cashback.

Mas isto também não importa, o que importa é que tem cashback de 300.000, 400.000, 500.000 ienes bem perto de você, dando bandeira, é só você se achegar, preencher alguns papéis e lá está, o dinheiro quentinho na suas mãos, pronto para ser torrado ou usado para ser ostentado como leque nas redes sociais.

Até o governo sacou o poder do cashback na época da crise, há seis, cinco anos, quando ofereceu dinheiro em troca da desistência por permanência no país.

Daqui a pouco aparecerá alguma empresa oferecendo cashback por partes do corpo, por órgãos vitais, na troca de esposa, de marido, de filhos; e estou quase certo que haverá demanda para isto.

By Connexion.tokyo Team

Curta a nossa pagina no FB.