Opinião de um leitor:

“Morei no Japão por 10 anos e hoje me encontro residindo nos EUA, desde 2007. Acompanho o trabalho de vocês, assim como acompanho notícias do Japão em outros sites da mídia comunitária brasileira, e penso que, lutar pelo ‘direito à vida, à liberdade e a busca pela felicidade’ deveria ser o mais importante para o imigrante brasileiro em qualquer país do mundo, o resto é secundário.

Penso também que, mesmo que o sujeito não admire muito os EUA, certa dose de ‘ideal americano’ cairia bem para os imigrantes brasileiros no Japão.

Faria um bem enorme a estes.

Esse lance de lutar por ‘direito a estabilidade no emprego’, ‘direito por educação obrigatória’, ‘direito para ser igual a japonês’, como sempre leio em comentários e colunas, é tudo blá blá blá.

Lutar por isso é o mesmo que pedir para que a liberdade de uns seja anulada e impor obrigação sobre outros que não pediram por certos ‘direitos’.

Essa ‘segurança’ — pois o que se busca ao lutar por esses ‘direitos’ é segurança — pode tornar-se uma zona de conforto que levará a pessoa ao comodismo e a falta de ideais.

Na verdade, muitos brasileiros no Japão viveram relaxadamente durante anos.

Agora, depois de despertados do ‘sono’ da falta de preparação, procuram por culpados e esbravejam: ‘não temos os direitos respeitados! Temos de nos unir!’.

E, assim, querendo coletivizar os brasileiros no Japão, querem que os outros — os que se prepararam — se desviem de seus sonhos e de suas buscas individuais por liberdade e felicidade.

E ai daquele que continuar na busca por seus próprio sonhos, será tachado de ‘egoísta’ por aqueles que outrora viveram de qualquer jeito, sem se preocupar muito com o futuro.

Essa que é a realidade.

Àqueles que ficam lamuriando, eu digo o seguinte:

‘Deus te deu pernas, braços e vontade! É preciso levantar a cabeça e ver o que você tem em mãos para começar a mudar algo que só você pode mudar. Você pode e deve compartilhar suas aflições, mas sempre de olhos e ouvidos atentos para enxergar uma perspectiva diferente da sua, que seja para melhorar sua forma de encarar a sua realidade. Lamuriar, murmurar, reclamar e se acovardar diante da vida não acrescentará nada a você.'”

By — Leonardo José, Western Virginia, EUA.

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