De quem é a culpa pelo preconceito no Japao?

De quem é a culpa pelo preconceito no Japao?
As pessoas esperam um mártir ou um herói para defender a causa do preconceito e procuram uma bandeira para levantar pelo sofrimento de anos e anos de descaso da sociedade japonesa e do governo japonês em relação aos estrangeiros que vem para o Japão ajudar o país a crescer sua economia com seu trabalho e pagamento de impostos.
Verificando um acontecimento no atendimento publico a uma família de estrangeiros no Japão houve um grande problema de dissentimento, preconceito, vaidade, exagero, falta de compostura, indignação, arbitrariedade, em suma, a emoção alinhando acima da razão.
Vamos analisar as coisas esquecendo o fato ocorrido e observar de quem realmente é a culpa por muito preconceito, como a sociedade japonesa enxerga os estrangeiros e o que o governo faz para diminuir todos os problemas causados por falta de uma política publica de integração da sociedade japonesa com a entrada de trabalhadores estrangeiros no país com suas famílias.
Estamos aumentando o problema ou procurando caminhos para diminuí-los?
O único responsável por tudo isto é o governo japonês que concede visto de permanência trabalho para as pessoas sem exigir o domínio do idioma local ou inglês – inglês se faz necessário no mundo inteiro porque é uma língua universal e as maiorias dos tradutores habilitados dominam este idioma. Antes de ficar nervoso, continue lendo para saber onde quero chegar.
Qualquer outro pais do mundo, inclusive Brasil para emissão deste tipo de visto faz necessários estas exigências.
O governo japonês se preocupa em preencher as vagas de trabalho os quais os japoneses se recusam pela falta de igualdade de direitos e proteções trabalhista, existe uma oferta de serviços com jornadas de horas exaustivas e sem direito muito vezes de poder faltar no serviço mesmo que seja para tratar a saúde sobre a condição de perder a vaga de trabalho.
O Japão tem muitos serviços: Sim, mas os mesmos não tem a mesma equiparação de direitos, isto é fato.
As vagas de emprego abundantes são aquelas que o empregado ganha somente as horas trabalhadas. Não tem direito a fundo de garantia, recebimentos de bonificações e está sujeitos a dispensa a cada 30 ou 60 dias de acordo com seus contratos de trabalhos. Mesmo alguns trabalhando por mais de 10, 15 anos na mesma empresa, tem seus contratos renovados a cada 30 ou 60 dias.
Istoé assim para japoneses e estrangeiros que trabalham por empreiteiras, os serviços terceirizados? Nem sempre, quando se têm japoneses trabalhando atraves de empreiteiras numa mesma fabrica por muito tempo existe uma pressão dos sindicatos para que este vire empregado direto.
Algum estrangeiro sabia disto? A grande maioria dos japoneses de empreiteiras quando trabalham por mais de 3 anos numa mesma empresa são contratados por ela, ou quando não a própria empreiteira faz um remanejamento para evitar este gancho que a lei tem. Agora pergunto a vocês quantos de vocês trabalharam por anos numa mesma empresa e foram convidados a integrar o quadro de trabalhadores efetivos?
O governo concede o visto e não tem uma política de inclusão, interação e preparação da sociedade japonesa para receber os estrangeiros e principalmente sua família a qual também o governo concede o visto.
Porque ninguém questiona isto? Estrangeiros legalizados sendo impedidos de terem os mesmo benefícios ou direitos de facilidades do que os nacionais. Não conseguem creditos com facilidade, não conseguem nada mais fácil por terem visto de trabalho.
Então as perguntas são:
Qual é finalidade do visto de permanência e trabalho no Japão? O visto de permanência e direito a trabalho teria a finalidade de que?
De legalizar uma arbitrariedade das empresas e do governo por não respeitarem estes estrangeiros pela sua capacidade de pagamento de impostos e capacidade de ajuda na economia japonesa?
Os estrangeiros não recebem suporte para o aprendizado do idioma muito menos recebem cursos de reciclagem e profissionalismo pelas empresas que os exploram e ganham lucros altos com estes estrangeiros. Se não fosse lucrativo, nenhuma empresa terceirizada daria trabalho para os mesmos. As empresas que exploram a mao de obra estrangeira sequer promove algo que qualifique o empregado a qual a mesma explora.
A grande maioria acaba vivendo as margens da sociedade mesmo pagando os mesmos impostos e estando condicionados aos mesmos rigor da lei japonesa.
O governo limitada os estrangeiros que possuem visto de permanência e trabalho legalizados de terem a mesmas oportunidades dos nacionais e acaba limitando os estrangeiros a viverem em guetos seja para se defenderem, ou melhor, sobreviverem mais fácil pelas ajudas partidas das comunidades estrangeiras.
A sociedade japonesa não esta preparada para receber o estrangeiro seja na locação de um imóvel, na concessão de um credito mínimo mesmo que seja para emissão de um cartão de credito. Tudo isto mesmo estando regularizados, autorizados pelo governo a viverem e trabalhar no país e pagando seus impostos como qualquer cidadão japonês.
Quando o governo apoiar e der todo o suporte necessário para esta integração dos estrangeiros, a falta de respeito mutua deixa de ser uma barreira.
Diante do fato, do descaso do governo, pela oportunidade que muitos têm de estar no Japão mesmo sem escolaridade, conseguem dar seu melhor no trabalho, consegue pagar suas contas em dias, pagar seus impostos e serem vencedores, mesmo limitados de terem aos mesmos benefícios dos Japoneses.
Os estrangeiros são considerados bravos trabalhadores por ajudarem o pais a crescer e por ajudarem o pais com o pagamento de seus impostos, mesmo não recebendo o que de obrigação o governo precisa fazer igualdade de direitos e proteção das leis trabalhistas.
Não vamos aqui dar exemplos de casos isolados, onde uma minoria faz o errado, isto faz parte da sociedade também, ter pessoas que erram e as leis existem justamente para que os que erram possam pagar pelos seus erros.
Tem muitos estrangeiros de nacionalidades diferentes, que adoram o Japão, mas nunca trabalharam com vinculo empregaticio, conseguiram vistos permanentes, não contribuiu com nenhum imposto ou tem atividades autónomas e declaram seus ganhos como valores mínimos para ficar isento de impostos. Existem casos de pessoas que declaram valores que não são capazes de pagar a conta de telefone ou aluguel e mesmo assim ficam isentas de impostos. Muitos batem no peito em defender o país, vão contra os próprios compatriotas, mas nem sabem o porque estão fazendo isto, o mesmo com muitos japoneses que tem atividades autónomas e declaram o que podem para ficar livres de impostos.

Eu sempre digo a um amigo nacionalista japonês que bate no peito e quer os estrangeiros fora: Mostre-me seu comprovante de pagamento de imposto, se ele for maior que os dos estrangeiros trabalhadores você pode falar. Não adianta estar em dia com seu imposto, tem que ver o quanto se paga pelo que se usufrui do Japao. Agora se você vive nas custas da sociedade e deseja ter voz ativa, desculpe você não está apto a isto, pois deixa de contribuir para usufruir o que todos pagam.
Mostre seu SHIMINZEI , SHOTOKUZEI. Aqui quem não deve não teme, principalmente se for uma pessoa do meio publico entre os japoneses ou na sua comunidade que pertença. Pessoas de bem não tem problemas em apresentar estes papeis pois provam que são pagantes e não retirantes dos benefícios dos que pagam.
Quando os estrangeiros reclamam, não seria reclamar diretamente do Japao e sim da condição que o governo japonês os coloca no país.
Os estrangeiros na sua totalidade são pessoas boas, honestas e trabalhadoras, os errados são uma minoria que tem que existir porque aqui somos humanos e não perfeitos.
O que difere toda esta expectativa e desejo é que os estrangeiros no Japão são legalizados pelo governo, assim devem e merecem receber toda a atenção e equiparação dos nacionais. Eles não escolheram e não chegaram aqui por acidente, eles foram aceitos porque o governo permitiu e precisou assim como ainda precisa e precisará cada vez mais dos estrangeiros.
Não agradeçam o pouco que o governo oferece, exijam o que o governo precisa fazer por obrigação: respeito, igualdade e agradecimento às pessoas que somam e contribuem para a economia do pais.
Não procurem um herói ou mártir pela causa dos estrangeiros, na incapacidade do governo agir com suas responsabilidades, aprendam o japonês, estudem sobre todos os protocolos e procedimentos que existe no país para diminui o choque cultural. Tendo famílias com bases no Japão, saber tudo isto é uma obrigação pela omissão do governo. É obrigação dos chefes de família de dar segurança e suporte a família que aqui vive.
Agir com sabedoria e objetividade evita a exposição ao sensacionalismo e contribui para que as pessoas possam buscar melhor seus direitos tendo como consequência uma resposta concisa para seus problemas e não apenas propaganda e marketing pessoal envolvendo mais pessoas desinformadas e desatualizadas que querem igualdade pegando carona sem haver comprometimento com a causa.
Antes de tudo, saber fazer uma interpretação de texto é essencial para qualquer comentário. Enquanto a soberba prevalecer como ponto de partida para as argumentações, pessoas irão se machucar e não chegarão a nenhum lugar ou consenso. Opinião e ponto de vista independem de sexo, raça, idade.
Como exemplo Michel Jackson fez a letra Black or White quando foi questionado sobre sua cor e a simplesmente a resposta foi que não importa a cor quando todos somos irmãos. Fazer barulho exagerado, somente mostra que as pessoas são vazias porque não tem argumentações para defender seus princípios.