A atuação das escolas brasileiras no Japão que não foram homologadas, e mesmo as que foram mas que não atendem com o mínimo de qualidade, deveria ser repensada.
No lugar do espaço destinado a abrigar uma escola regular, que muitas vezes enfrenta problemas com infraestrutura e problemas relacionados à manutenção, a estrutura física e logística da instituição deveriam ser transformadas para servir como espaços de promoção da cultura brasileira, ensino da língua portuguesa e ensino bilíngue – reforço escolar.
Em vez de o aluno brasileiro frenquentar essas instituições como ‘aluno de escola brasileira’, ele deveria ingressar na escola japonesa regular e após o horário escolar ser encaminhado, via estrutura logística da instituição brasileira, para o ‘Espaço de promoção da cultura’ (ex-escola brasileira regular).
Nesses espaços poderia ser trabalhado:
– o ensino da língua portuguesa (alfabetização e letramento);
– História e Geografia do Brasil e da América Latina;
– cultura brasileira (regionalizada), respeitando as diversidades étnicas;
– reforço escolar (reforçando o ensino bilíngue), acompanhando a sequência programática dos conteúdos das disciplinas da escola japonesa;
– preparação de material didático contextualizado, que relacione temas Brasil-Japão;
– parcerias via suporte tecnológico, multimídia, com projetos educacionais internacionais.
– atendimento psicológico e psicopedagógico.
– orientação aos pais e responsáveis sobre o acompanhamento escolar no lar.
Esses espaços também poderiam ser criados por meio de iniciativas de professores independentes, formando uma espécie de cooperativa, e tendo autonomia na condução do projeto educacional em parceria com a escola japonesa mais próxima.
Não obstante, reforçamos a nossa posição, defendida num outro texto, sobre o papel dos PAIS no desenvolvimento escolar da criança:
1- É importante que os pais façam leitura diariamente para as crianças. É comprovado que a criança que adquire gosto pela leitura desde pequena adquire mais segurança e confiança na aquisição e compreensão de uma segunda língua. E isto pode contribuir para suprir a carência da criança em relação às dificuldades que os pais têm para acompanhá-las nos assuntos escolares.
2- Os pais devem buscar, sim, traduções das matérias e temas das disciplinas abordadas na escola para estarem a par do processo de escolarização da criança, fazendo o acompanhamento do conteúdo escolar em casa também. Matemática (Sansu), Ciências (Rika), Estudos Sociais (Shakai), por exemplo, mesmo com pequenas diferenças metodológicas, podem perfeitamente ser abordadas em casa pelos pais brasileiros. O importante é levar a criança à refletir sobre o que foi abordado em sala de aula.
Um forte abraço,
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