Defendendo-se das empreiteiras. Parte I

O que pode ser feito para que as empreiteiras parem de explorar os funcionários?

Temos que entender que existe uma grande pressão por parte das empreiteiras para que as pessoas fiquem sem informações e pensando que não adianta reclamar.

A mídia estrangeira, jornalistas ligadas a ela e várias instituições precisam promover esta ideia para não ir contra seu faturamento que provém de comerciais das grandes contratantes de mão-de-obra.

Quando se fala em direitos e abuso das empreiteiras, quando se fala de falta de hombridade e respeito dos encarregados – tantoushas – em relação aos empregados, sempre aparecem nos comentários e de forma rápida e contínua, pessoas a responder, todos com intenção de dizer que se não estiver satisfeito caia fora, volte para o Brasil. Isto só prova que realmente a intenção é a exploração.

Estas atitudes fazem parte dos serviços destas pessoas: desqualificar o que puderem para não dar esperança de tumulto às regras arbitrárias que as empresas criam para explorar seus funcionários.

A comunidade tem que ter consciência que a força de trabalho dos estrangeiros da America do Sul é a preferida das empresas. Estes trabalhadores são os que mais aguentam serviços pesados e com longas jornadas de trabalho.

A maioria dos asiáticos os faz no primeiro ou segundo mês, depois param. E gastar com treinamento é prejuízo à execução do produto final, afetando as grandes montadoras.

Hoje muitas empreiteiras de mão-de-obra já têm um histórico ruim no Ministério do Trabalho e estão sujeitas a penalidades por terem muitas reclamações.

Quando as empreitaras começam a dar trabalho com reclamações trabalhista que não cumprem ou exploram, o governo também fica obrigado a promover pressão e fazer valer a lei.

Assim, se juntar para ir atrás dos seus direitos é mais que uma obrigação de todos.

Nossos respeitados jornalistas ou apresentadores, se tomassem a frente desta situação e ensinassem a todos este caminho que tenho aqui na pagina, ajudariam muito a todos, mas como a preocupação maior é com seu faturamento e não ir contra interesses de seus patrocinadores, todos simplesmente fingem que não existem problemas e sempre trazem matérias sem importância.

Agora se preparem para ver fotos e fotos de Sakuras, BBQs, fotos de pessoas felizes nos passeios floridos, tudo para desviar a atenção do foco principal, a exploração e não respeito dos poucos direitos trabalhistas que são garantidos a todos.

Se você estiver acompanhando a pagina e se mostrar interessado em mudança, se mostrar interessado em apresentar uma reportagem para seu tantousha e ele não conseguir explicar o injustificável, acompanhe nossa pagina, acompanhe nosso site, aqui iremos fazer vocês pensarem, entender dos assuntos e trazer ideias de como se defender destas empresas e encarregados sem escrúpulos.

Ressalto que existem empresas que cumprem bem seu papel, empresas que tem o respeito com seus funcionários.
Vamos tentar trazer toda semana ou todos os dias, de agora em diante, pontos importantes sobre como se defender e onde recorrer no caso de exploração.

Esperamos atingir nossos representantes do governo, embaixada e consulado, que precisam ajudar a divulgar informações de como as pessoas podem se defender. Não queremos que eles interfiram na soberania do Japão e nas suas leis, mas seria obrigação que eles também nos ajudassem a divulgar a todos, de uma forma clara, onde e como começarem a se defender destes exploradores que até hoje nadaram de braçadas largas em cima da comunidade.

Fica a primeira dica: Se forem ludibriados, enganados, gravem conversas de vozes, se forem obrigados a assinar qualquer papel, lembrem-se que assinaturas podem ser feitas de varias formas e não lembradas quando nos mostradas.

Rubricas podem ser feitos por qualquer um. Outra boa dica: Ninguém precisa dizer nada para se auto-incriminar.
Outra dica, se tiver oportunidade, converse com seus chefes japoneses e levem a eles os problemas que passam com as empreiteiras. Muitas empreiteiras fazem uma imagem negativa dos estrangeiros para justificar suas demissões ou substituições quando o funcionário exige seus direitos.

Tenha um bom relacionamento entre os chefes japoneses e se comuniquem, isto ajuda muito.
Direito a yukyu, folgas remuneradas, todos têm após 6 meses de contrato. 10 dias. Se forem pedir demissão, antes peçam seus yukyu, depois voltem e peçam demissão, se defenda disto e defenda seu direito.

Se for receber o dia do yukyu, não existe pagamento inferior ao dia de trabalho, teiji, ou ainda é obrigação ser a média dos últimos 90 dias se houver muitas horas extras.

Façam este texto circular de maneira que cheguem a todos, estamos começando um projeto de conscientização para acabar com a exploração das empreiteiras ruins.
Obrigado por compartilhar.

 

By Connexion.tokyo Team

PS. A foto mostra um contrato de trabalho em japones.