Mulheres no Japão, exploradas, sem proteção e sem uma política de inclusão.

Mulheres no Japão, exploradas, sem protecção e sem uma política de inclusão.

Tratar deste assunto é algo que deixa muitos inconformados por estarmos falando de um país que até pouco tempo era o segundo no ranking de países mais ricos do Mundo.

O Japão esta muito longe de promover as mesmas chances e oportunidades para homens e mulheres. Isto é fato, é algo fácil de se constatar em todos os segmentos. Até mesmo nas universidades onde as professoras estão sempre atrás dos professores homens.

O Japão ainda é um país onde o assedio sexual as mulheres nas empresas são consideradas pelos tribunais como condições normais e tradição do país. Vejam a reportagem sobre uma executiva da Prada que presenciou tratamentos imagináveis e que sabemos que sao normais para quem trabalha nas empresas japonesas. …Clique aqui para acessar a matéria sobre a executiva da Prada no Japão na integra..

Fica claro que as mulheres são tratadas como objetos e não tem o respeito que merecem. O país tenta a todo modo incluir mulheres na política, altos cargos em empresa para abafar esta situação que ainda esta longe de ser igualitária entre os sexos.

Um fato interessante no Japão é que as mulheres que não conseguem serem empregadas diretas de empresas, conseguem empregos através de agencias de empregos – as empreiteiras –  entram no mercado de trabalho até seus 33/35 anos e muitas vezes salários variantes de 1.200 a 1350 ienes hora.

Salários deste calibre são consideras muitos bons e hoje já temos meninas novas buscando part-time em empresas que exigem força física para ganhar 1000 a 1100 ienes a hora de trabalho. A grande maioria dos estabelecimentos de serviços e atendimento os salários são de 850 ienes a 950 ienes a hora de trabalho.

As agencias sempre estabelecem contratos de trabalhos por período pré-fixado e não deixam que os funcionários fiquem mais de 3 anos no mesmo setor de uma empresa para não serem obrigados a efetivá-los.

O governo cria uma lei obrigando a efetivação de empregados indiretos com mais de 3 anos no mesmo emprego porem, dá brecha de quebra de contrato mesmo sem haver motivo real, usa-se a expressão: “queda de produção” para não haver a prorrogação do contrato.

Este fato é tão absurdo que no mesmo dia que os chefes dizem isto a dispensada, a empresa promove a contratação de uma nova pessoa para ocupar o cargo e o governo simplesmente fecha os olhos e finge não saber do acontecido.

Se a empresa usa a expressão: “queda de produção” em tese não poderia contratar ninguém ou teia que recontratar a funcionária dispensada. E a fiscalização? Onde esta o Ministério do tTrabalho e Bem Estar para dar este suporte? As empresas tratam os contratados como idiotas, marionetes e o governo japonês simplesmente legaliza a situarão.

O mesmo com mulheres gestantes, a certeza de quebra de contrato é 100% usando a mesma desculpe e muitas outras sofrem pressões psicológicas de seus colegas de trabalho as forçando a se demitirem para manter o “bom” andamento da empresa. Para manter a tradição de a empresa não precisar se adaptar as necessidades de seus funcionários.

Eu particularmente vejo que as empresas tratam as funcionárias como simples escravas, o mesmo tratamento que se tinha na era feudal, só que nos dias de hoje com o aval do governo japonês que apoia estes subterfúgios baixos de falta de respeito ao ser humano.

Bom, é fácil verificar que a mulher japonesa é desprovida de leis que a defende e depois de seus 34/35 conseguira serviços somente em empresas de serviços recebendo salários de 850 ienes a 1000 ienes a hora mesmo que sendo uma telefonista num escritório de advocacia.

Vejam a reportagem do colunista brasileiros que traz assuntos interessantes aos brasileiros no Japão destacando que a grande maioria das mulheres que moram sozinhas estão afundando na pobreza. …Clique aqui para ir a matéria sobre as mulheres japonesas fundando na pobreza…

Diante deste fato, hoje as mulheres japonesas estão na linha da pobreza, mal consegue se alimentar direito levando em conta que 8 horas diárias de trabalho sendo uma diarista – (desprovida de todos os direitos e benefícios destinados as mulheres com contrato direto) não são suficientes para se ter uma vida digna num país como o Japão onde tem o custo de vida um dos mais alto do mundo.

Algumas pessoas, principalmente estrangeiros de países pobres fazem a relação ganho no Japão e ganho no seu país para comparar que salários de mulheres e dizem que os salários são bons.
Porem, esquecem que para japoneses desfrutar dos benefícios e conforto que o Japão oferece não é privilegio e sim algo normal que as mesmas não conseguem fazer.

As mulheres japonesas estão chegando a um nível de ganho salarial tão baixo onde vemos através de blogs japoneses e artigos japoneses que hoje as amantes não desejam diamantes, viagens ou conforto, muitas amantes estão satisfeitas se seus provedores mantiverem ao menos a refeição diária.

O mundo muda, tudo muda, evolui e ainda no Japão as mulheres caminham para a pobreza desenfreada.

Ser mulher hoje não Japão é um desafio sobreviver com seu próprio trabalho.

Existem muitos programas de ajudas as mulheres que se declaram pobres e incapazes de manter-se com seu trabalho.

Para ter acesso a estes subsídios precisa provar que não possui nenhum bem, não possui nenhum dinheiro guardado – (fácil a constatação hoje com o “my number” que tem acesso aos dados de todos) -não conseguem emprego fixo e o governo concede apartamento publico, ajuda de custo de vida e as obriga a fazer reports sobre busca de trabalho e outras exigências para se manter nestes programas.

Estes programas de ajudas são muito bons principalmente a mamães solteiras que conseguem sustentar seus filhos pagando o mínimo de seguro saúde obrigatório anual, são isentas de muitos impostos e recebem mensalmente valores que seriam maiores que os se tivessem um emprego regular.

Hoje temos um crescente aumento de pessoas solicitando os benefícios que fazem direitos e conseguindo sobreviver com eles. Não existe nada errado em solicita-los se as pessoas passarem pela checarem e serem consideradas pobres e merecedoras de recebe-los.

As ajudas de benefícios de sobrevivência tem aumentado ano após ano e as contas publicas entraram numa situação fora de controle onde o governo se mostra preocupado em mudar ou alterar a legislação para afunilar muitas ajudas.

Entre as japonesas casadas com simples trabalhadores usam-se o termo: as mamães solteiras são: “okane motte” o que sanifica no português: As mamães solteiras tem mais dinheiro que as casadas com empregados de empresas.

Por este lado é muito bom estar no amparo do governo, porem o que deveria existir era a mesma chance de competição e oportunidades para homens e mulheres.

Quem escuta que o Japão oferece mais de 80.000 mil vagas de empregos e não tem pessoas para preenche-las teria que pensar que existe algo errado. Não adiante ter milhões de vagas de empregos se os salários não são suficientes para se manter única e exclusivamente destes salários.

Hoje no Japão temos que fazer as contas de quanto se gasta por dia com alimentação. moradia, seguridade social obrigatória, seguro saúde obrigatório, despesas fixas.

Para um país de primeiro trata a mulher como objeto e as condicionando a serem pobres mostra que a sociedade japonesa esta caminhando para a pobreza sem retorno. O bum, a explosão de crescimento econômico apagou e não existe um segundo plano para reativar esta economia.

Entre os estrangeiros o que mais nos deparamos são relacionamentos recentes onde as mulheres se transferem para a casa dos parceiros já para saírem de compromissos com despesas de alugueis.

Pessimismo? Claro que não, os fatos não nos deixam outra analise.

By Connexion.tokyo Team

Veja a media de salarios entre homens e mulheres. A primeira coluna é salário de por idade, no Japao as pessoas recebem por idade e não por mérito. Na segunda coluna salário de homens (男性) e a terceira salário de mulheres (女性).

media salarial 2